sexta-feira, 21 de maio de 2010

ECVitória - Impossível é NADA - #vitoria

Impossível é NADA

http://www.portalibahia.com.br/blogs/igol/
20 de maio de 2010

copa03A torcida do Vitória pode até não ser a mais apaixonada, como diz o texto de maior polêmica deste blog até agora. Mas, não restam dúvidas que, pelo menos no dia de hoje, não há torcedor mais feliz que o rubro-negro. Nem mais feliz, nem mais orgulhoso, ou mais esperançoso. Nem mais angustiado.

Feliz pela conquista da vaga inédita na final da Copa do Brasil. Por ter conduzido o futebol baiano ao topo do cenário nacional após 17 anos, quando ele mesmo, Vitória, foi finalista do Brasileirão e representou nosso estado com honra, apesar da derrota.

Orgulho de ver a forma como o time entrou em campo ontem: avassalador! O Vitória não deu tempo para o Atlético respirar. Impôs sua grandeza com tanta propriedade que parecia querer escorraçar aquele intruso de uma das festas mais bonitas que a torcida rubro-negra já protagonizou em todos os tempos no Manoel Barradas.

Inferno

copa043E como valeu a pena ter ido ao estádio ontem para abastecer o coração leonino de orgulho. Ver a torcida se comportando ordeiramente, incentivando o time desde antes do jogo começar, como tem que ser, fazendo festa com papel picado e foguetório, hostilizando na paz o adversário, com vaias ensurdecedoras a cada toque goiano na bola. Que lindo…Parabéns, nação!

O Manoel Barradas vai ser lembrado para sempre como a sucursal do inferno na Terra pelos atleticanos. Com direito à presença do diabo e tudo. Calma! Um “capeta” do bem, ao menos para nós. O Diabo Louro, Júnior Matador, o rei do pedaço e, com dois gols, maestro da festa. Sai zica! Azar o deles.

Compartilhar a emoção reprimida e, a cada gol, exterminar o fantasma das seguidas frustrações nacionais e o mau-olhado dos rivais tricolores. Isola!

De arrepiar. De emocionar. De fazer tremer as pernas, como as do amigo Alexandre Lyrio, o maior jornalista que eu conheço. De fazer suar o corpo todo, como aconteceu com Chico. Ou de ter noção da importância e da falta que faz um desfibrilador cardíaco, ein Renatinho?! Aparelho que, apesar dos batimentos acelerados, não precisou entrar em campo. Graças a Deus!

Reações de pavor que acometeram não só ao trio, mas a todos os rubro-negros, no Barradão ou não, pela queda inexplicável de rendimento no segundo tempo. O time recuou demais, afrouxou a marcação e deixou o Atlético jogar. Que sufoco!

Histórico

Ricardo Silva demorou a reagir. Teve que tomar puxão de orelha de Viáfara, que já merece lugar no panteão dos deuses rubro-negros. Que goleiro!

copa05Apesar da demora, o técnico mexeu certo. Mudou o já não tão eficiente Bida por Neto Coruja e recompôs a marcação. Trocou Ramon por Neto Berola, que passou a jogar nas costas do lateral-esquerdo e matou uma das principais jogadas do time de Geninho, além de reconduzir o Vitória ao ataque. Pronto.

Nos acréscimos, depois de Marcão fazer a torcida parar de respirar na hesitação que o fez perder um gol que até eu faria, contra-ataque fulminante. Neto Berola na esquerda, adeus Márcio e toque suave para Júnior decretar o momento histórico - 3 a 0 e Vitória finalista da Copa do Brasil.

Uma noite tão mágica que ainda reservava um momento inusitado. Pênalti para o leão. Mas o que deveria ser explosão de alegria, virou frustração, quando Viáfara deu a paradinha e tomou amarelo do desinformado Heber – a proibição só vale a partir de junho! Tarjeta que tirou o paredão da final contra o Santos. Ao menos por ora.

Vencível

copa062Santos… Palavrinha que a partir de ontem vem sempre acompanhada de um certo sentimento quando pronunciada junto a um rubro-negro: angústia. Normal.

O Santos é o melhor time do Brasil hoje. O que joga mais bonito. O que tem as maiores promessas. O único que encanta. Assim como era o Santos de Pelé em 1959. Aquele mesmo, que foi derrotado em plena Vila numa decisão nacional por um certo baiano desacreditado. A história vai se repetir? Tomara!

Aquele Santos foi derrotado porque, por melhor que fosse, nunca deixou de ser, apesar de toda áurea que o cercava, um time de futebol. E como todo time, passível de ser batido. Vencível. Assim como o Santos de hoje. E que venham os meninos da Vila. O Barradão em chamas e sonhos os espera.

Até lá, uma música imortalizada na voz da inigualável Maria Bethânia. Para embalar e inspirar os sonhos de jogadores e torcedores do Leão da Barra. Afinal, como diz aquele famoso slogan de uma fabricante de material esportivo: impossível é nada!

Sonho Impossível
Música de J.Darion / M.Leigh / Ruy Guerra

Sonhar mais um sonho impossívelcopa021
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite improvável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão

*Fotos: Robson Mendes (Correio)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails